O turismo é dos sectores que mais cria emprego e que gera rendimento ao Estado demonstrando grande importância na economia global. No caso português o sector gerou em 2008 receitas na ordem dos 7440 milhões de euros e representou 8,1% do total do emprego na economia.
De acordo com o PENT, Portugal deverá ser um dos destinos de maior crescimento na Europa, através do desenvolvimento baseado na qualificação e competitividade da oferta, transformando o sector num dos motores de crescimento da economia nacional. Tal é conseguido através da definição estratégica de 4 factores de diferenciação:
Enoturismo
O Enoturismo é um sector muito recente, mas atrai cada vez mais consumidores interessados neste produto, pois está associado a momentos de relaxamento e lazer, acompanhando as tendências de crescimento dos produtos “gourmet”. Portugal deve aproveitar a sua tradição vitivinícola para estruturar uma oferta turística capaz de atrair diversos segmentos da procura, criando ofertas com um forte conteúdo de experiências, formando guias e peritos em vinho tornando as visitas e as degustações mais atractivas e organizando actividades em que o turista participe no processo de produção.
Portugal tem uma herança patrimonial rica e diversificada, ligada à vinha e ao vinho. Actualmente em Portugal destacam-se vinhos de excelente qualidade: Vinho do Porto e do Douro, Vinho da Madeira, Vinho do Pico, Moscatel de Setúbal, Vinho Verde, Vinho do Dão, Vinhos do Alentejo. As rotas dos vinhos estão pouco estruturadas, existem poucas adegas, caves e restaurantes com infra-estruturas e serviços adequados à actividades turística. Os défices existem ao nível de horários de funcionamento, qualificação do pessoal, espaço para visitas e provas de vinhos.
As empresas que operam no sector são geralmente de pequena dimensão, factor que diminui a capacidade competitiva de Portugal pois não permite uma melhoria dos processos de produção, da tecnologia, da informação de mercado, da oferta de produtos estruturados com elevado conteúdo de experiência, da qualificação dos recursos humanos.
O turismo de Portugal identificou alguns gaps de competitividade que afectam o desenvolvimento do enoturismo: Ausência de sinalização específica das rotas dos vinhos; Ausência de informação e mapas explicativos sobre as rotas; Insuficiente qualidade das instalações; Inexistência de restaurantes de qualidade em muitas rotas; Inexistência de transporte organizado para aceder às adegas; Insuficientes alojamentos turísticos de charme e qualidade das rotas; Insuficientes postos de turismo nas rotas; Modelo de gestão das rotas dos vinhos ineficiente; Falta de preparação turística dos produtores de vinho.
No próximo sábado dia 13 de Março, haverá uma apresentação sobre este tema, no ISCTE onde será anunciado o novo conceito estratégico de dinamização do enoturismo.
É sem dúvida uma perspectiva interessante.
ResponderEliminarEspero que nos serviam um "vintage" no Sábado!
Será com certeza uma apresentação mais " gourmet", no entanto é algo de extrema importância para o desenvolvimento económico do País! Sector criador de receitas e com óptimo potencial pela sua diversidade.
ResponderEliminarSábado vamos mostrar o que Portugal pode oferecer em termos de oferta global e de projecção do nosso pequeno país pelo Mundo ,mostrando que Portugal é , afinal de contas,muito rico!...De espírito e de potencial de qualidade! (somos dos mais hospitaleiros afinal de contas!)
Espero que todos os colegas nos acompanhem neste projecto!
Obrigada António!