quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O que são os mercados?


Segundo o dicionário Piberam da língua portuguesa (http://www.priberam.pt/DLPO/), o mercado é:

"mercado (latim mercatus, -us, comércio, tráfico, negócio)
s. m.
1. Lugar público coberto ou ao ar livre onde se compram mercadorias postas à venda; reunião de comerciantes no mesmo local, para vender.
2. Cidade onde se faz o comércio de certos objectos!objetos.
3. Saída económica.
4. Convenção de compra e venda.
5. Qualquer arranjo entre as pessoas, contrato.
6. Estado da oferta e da procura."


Bom, agora que sabemos do que estamos a falar irei-vos apresentar um comentário eleito pelo Paul Krugman sobre uma descrição que pode estar mais perto da realidade do que se pensa. Esta descrição dirige-se sobretudo aos intermediários porém estes são agentes imprescindíveis na actual negociação da dívida pública soberana.


Podem ver o comentário referido aqui.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Relatório Stiglitz

se alguém ainda cá vier, espero que isto seja útil: o Relatório Stiglitz

sábado, 10 de julho de 2010

The show must go on

Minhas caras meninas,

meus caros meninos,

desejo-vos boas teses

e muitas felicidades !

encontramo-nos por aí.

domingo, 6 de junho de 2010

Globalização em acção...

Divulgo um pedido de uma professora portuguesa em Timor-Leste, extraído do blog do Rui Tavares, para quem estiver interessado e puder contribuir:


TIMOR – pedido de professora
Caros amigos,
Alguns sabem e outros nem por isso (e assim aqui vai a notícia) mas estou em Timor a dar aulas na UNTL (Universidade Nacional de Timor Leste) no âmbito de uma colaboração com a ESE do Porto. Aquilo que vos venho pedir é o seguinte: livros. Não vou dar a grande conversa que é para montar uma biblioteca ou seja o que for, porque não é. O que se passa é o seguinte… não sei muito bem como funcionam as instituições, nem fui mandatada para angariar seja o que for, mas o que é certo é que sou (somos!) muitas vezes abordados na rua por pessoas que desejariam aprender português mas não possuem um livro sequer e vão pedindo, o que é mto bom.O que é certo é que a minha biblioteca pessoal não suportaria tanta pressão e nem eu, nos míseros 50 quilos a que tive direito na viagem, pude trazer grande coisa para além dos livros de trabalho de que necessito.
COMO MANDAR? Basta dirigirem-se aos correios (CTT) e mandarem uma encomenda tarifa económica para Timor (insistam porque nem todos os funcionários conhecem este tarifário!) e mandam a coisa por 2,49 €. Claro que a encomenda não pode exceder os 2 quilos para poder ser enviada por este preço.
Devem enviar as encomendas em meu nome (*Joana Alves dos Santos*) para:
*Embaixada de Portugal em Díli
Av. Presidente Nicolau Lobato
Edifício ACAIT
Díli – Timor Leste*
E O QUE MANDAR? Mandem por favor livros de ficção, romances, novela, ensaio, livros infantis etc, etc. Evitem gramáticas e manuais escolares. Dicionários, mesmo que um pouquinho desatualizados são bem vindos. Este critério é meu e explico porquê. Alguns timorenses (estudantes e não só) são um bocado fixados em aprender gramática mas ainda não têm os skills básicos de comunicação. Parece-me melhor ideia que possam ler outras coisas, deixar-se apaixonar um bocadinho pelas histórias mesmo que não entendam as palavras todas, do que andarem feitos tolinhos a marrar manuais e gramáticas. O caso dos dicionários é outro. Um aluno, por exemplo, usa um dicionário português-inglês para tentar adivinhar o significado das palavras. Como o inglês dele tb não é grande charuto imaginam como é a coisa.
Bom, espero ter vendido bem o peixe do povo timorense. Falam pouco e mal mas na sua grande maioria manifesta simpatia pela língua portuguesa. De qualquer forma isto não vai lá (muito sinceramente) com umas largas dezenas de professores portugueses por cá. É preciso ter a língua a circular em vários meios e suportes. Espero que respondam ao meu apelo!! Eu por cá andarei sempre com um livrito na carteira para alguém que peça!
*SE NÃO MANDAREM PELO MENOS DIVULGUEM*

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Portugal: Cortes salariais de 20 ou 30%

o pessoal viu esta do Krugman?

May 17, 2010, 9:42 am
Et Tu, Wolfgang?
Perhaps the most startling and frustrating thing about the debate over the fate of the euro is the way almost everyone avoids confronting the core issue — the elephant in the euro. With a unified currency, adjustment to differential shocks requires adjustments in relative wages — and because the nations of the European periphery have gone from boom to bust, their adjustment must be downward. At this point, wages in Greece/Spain/Portugal/Latvia/Estonia etc. need to fall something like 20-30 percent relative to wages in Germany. Let me repeat that:

WAGES IN THE PERIPHERY NEED TO FALL 20-30 PERCENT RELATIVE TO GERMANY.

But nobody is willing to say that outright. Even the ever-pessimistic (and hence realistic) Wolfgang Munchau writes

None of the governance reform proposals that are currently discussed even attempt to answer the questions of how Spain is going to get out of this hole, and how the competitiveness gap between the north and the south of the eurozone is going to be closed … What the eurozone needs is an increase in domestic consumption in the north, particularly in Germany, and labour and product market reforms in the south, most importantly in Spain.

How many readers will get that what he’s really saying is that

WAGES IN THE PERIPHERY NEED TO FALL 20-30 PERCENT RELATIVE TO GERMANY.

How hard will it be to achieve this? Look at Latvia, which has pursued incredibly draconian austerity. Unemployment has risen from 6 percent before the crisis to 22.3 percent now — and wages are, indeed, falling. But even in Latvia labor costs have fallen only 5.4 percent from their peak; so it will take years of suffering to restore competitiveness.

The official answer is that this just shows the need for more flexible labor markets. But this was a subject we all batted back and forth in the initial debate about the euro, circa 1990: nobody has labor markets that flexible. If the euro isn’t workable without highly flexible nominal wages, well, it isn’t workable.

Anyway, this is my morning euro rant.


aqui.

domingo, 9 de maio de 2010

Coisas importantes







isto é Globalização:

Pai emocionou técnico; festa em França, Cabo Verde e EUA.

Cinco anos depois o Benfica fez a festa do título e Jorge Jesus, o treinador, a quem muitos creditam grande parte do êxito, chorou como uma criança na sala de imprensa quando lhe fizeram uma alusão ao pai. "Há muitos benfiquistas a festejar, mas há também um sportinguista, que torce por si, que deve estar contente", questionaram. Jesus não respondeu. Não conseguiu. As lágrimas não deixaram.

Ainda antes de se ter emocionado, Jesus fez uma análise ao campeonato e traçou o futuro. "Nunca duvidei que iria ser campeão, antes de começar já acreditava que ia ser, depois de o campeonato começar e agora no final não tive dúvidas nenhumas, porque o Benfica era melhor. Para o ano, quero ser campeão nacional, mas se puder ser campeão europeu nem vou hesitar", garantiu.

Quando Jesus estava na sala de imprensa, os jogadores do Benfica festejavam. Pintavam o cabelo de encarnado e regavam a festa com champanhe no balneário. Mis- são cumprida. Por todo o País a vitória do Benfica, que vinha sendo adiada nas últimas duas semanas, saiu à rua e o País, de norte a sul e ilhas, pintou-se de vermelho. Apenas em Braga e no Porto, talvez por motivos mais ou menos óbvios registaram-se incidentes.

Pelas 22.16 o autocarro do Benfica, o mesmo que circulou há alguns dias na Internet pintado com a faixa de campeão, saiu da garagem da Luz rumo ao Marquês, onde cerca de 200 mil adeptos aguardavam a caravana encarnada.

As celebrações também se registaram no estrangeiro. Nos EUA, centenas de luso-americanos convergiram para a emblemática Portugal Avenue, em Newark, paralisando o centro. Em Paris, centenas de adeptos passaram pelos Campos Elíseos subindo até ao Arco do Triunfo, onde se concentraram. Nas ilhas de Cabo Verde, em Luanda e em Maputo as principais ruas foram literalmente invadidas
no DN

Título celebrado em Macau às três da madrugada

quinta-feira, 6 de maio de 2010

RELATÓRIO LABORAL

Caros colegas.,




Venho por este meio, ao abrigo do meu THINK TANK LUSITANIUM EXCELSIUS apresentar-vos um RELATÓRIO LABORAL que não é mais do que um cenário prospectivo ao FUTURO QUADRO LABORAL EUROPEU: 2010 - 2020.

Reafirmo que quem quiser fazer parte deste projecto é SUPER BEM-VINDO.



O relatório pode ser encontrado AQUI



Grato pela vossa atenção,



Paulo Daniel Ferreira

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Espanha elimina 29 empresas Públicas e 32 altos cargos para poupar

O governo espanhol anunciou hoje um plano sem precedentes que envolve a eliminação de 29 empresas públicas e o corte de 32 altos cargos de responsáveis de vários ministérios como medida para diminuir o gasto público.
As medidas foram aprovadas na reunião de hoje do Conselho de Ministros e detalhadas aos jornalistas pela ministra da Economia, Elena Salgado.
O plano de racionalização do sector público corta praticamente um terço das 106 empresas públicas actuais, sendo que para concretizar o projecto serão eliminadas 15 sociedades mercantis e a maioria das fundações e haverá ainda um processo de fusão que afecta 24 empresas.
Entre os cargos que desaparecem contam-se oito directores gerais, um secretário-geral e 14 organismos autónomos com níveis de director geral.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Who you are ?

Dear friends. This is my new "Heteronimo ". I´m given you the opportunity do you find who is this special man?

BIG HAVE

I used to be crustacean
In a underwater nation
And i surf in celebatrion
Of a billion adaptations.

GOT ME A BIG WAVE, RIDE ME A BIG WAVE, GOT ME A BIG WAVENegrito


I feel the need, planted in me, millions of years ago, can you see the oceans size ? (Meus caros, isto é geografia económica, já cheira a tese!)

Defining time, and time, arising, arms laid upon me, being so kind, to let me ride.

I scream in affirmation of connecting deslocations, and exceeding limitattions, by achieving levitation.

GOT ME A BIG WAVE, RIDE ME A BIG WAVE, GOT ME A BIG WAVE.

GOT ME A RIDE
I GOT ME A RIDE.

Oh God, he did it.........


segunda-feira, 26 de abril de 2010

A lula-vampiro...


Trago-vos um link para uma excelente crónica do Rui Tavares sobre a "lula-vampiro" na economia...


domingo, 25 de abril de 2010

Vasco Lourenço: «Portugal precisa de um novo 25 de Abril»


Capitão de Abril com duras críticas à corrupção e à Justiça

O presidente da associação 25 de Abril, Vasco Lourenço, defendeu, no sábado, num jantar comemorativo da revolução, em Almada, que Portugal «precisa de um novo 25 de Abril pela justiça social».

O capitão de Abril afirmou que «é necessário que em Portugal se acabe com o esquema terrível de compadrio, com a impunidade perante situações de corrupção e com o mau funcionamento da Justiça».

«Chegou a altura de lançarmos um grito de revolta e de alerta. Não era um país com este contexto que queríamos quando fizemos o 25 de Abril», vincou, em declarações à Lusa.

Para Vasco Lourenço, «comemorar a Revolução é invocar, acima de tudo, a grande esperança que os portugueses tiveram naquela altura por um país melhor, mais desenvolvido, mais igualitário, mais justo, mais livre, e reafirmar teimosamente a nossa vontade em lutar por esses ideais, por mais difícil que isso possa parecer».

«É inaceitável a crescente injustiça social, o fosso cada vez maior que se está a cavar entre os mais ricos e os mais pobres. Mas que raio de país é este, mas que raio de Justiça é esta?», disse perante uma sala com mais de 700 pessoas.

O militar esclareceu, contudo, que não se refere a uma «ruptura violenta», antes a um «apelo à pressão sobre os responsáveis políticos para que estas situações se alterem». «É necessário que os eleitos não se esqueçam dos eleitores», defendeu.

A luta, disse, tem que travar-se também nos programas curriculares da história que contamos às gerações que nasceram já depois da liberdade: «Estamos a contar mal a luta antifascista às gerações mais novas. É preciso continuar a lutar pelo esclarecimento, e para evitar o branqueamento do fascismo, para que a memória não se perca.»
(Lusa, via IOL)

ps - repetindo o Corto Maltese: onde pára o professor Sandro Mendonça?!

O que eu gosto da globalização!!



O primeiro dia do resto das nossas vidas !


Para a maioria de vós, nascidos após 1974, talvez este dia seja apenas mais um dado estatístico histórico de economia Portuguesa, um facto político, um acaso histórico, um azar do feriado até calhar ao domingo este ano, e a RTP1 estar a transmitir esta seca.
.
Pois eu, era uma criança com 5 anos de idade que frequentava o 1ºAno da escola primária em Colares, e enquanto esperava que a carrinha da escola me apanhasse à porta de casa dos meus pais, com o meu cesto de almoço, fardado a rigor tipico dos anos 70, com calções de xadrez, casaco azul escuro e boné a rigor, estava muito distante de perceber o que estava a acontecer no largo do Carmo.
Independentemente da conexão política que possa estar associada a este dia, foi de facto um dia em que os Portugueses conquistaram a sua liberdade de expressão, o direito de escrerer e dizerem em blogues o que pensam, sem mortes, "apenas" com um cravo no cano de um chaimite.
Tanto eu como o Paulo Borges, os últimos dos líricos deste povo de além mar, gostariamos de vos deixar este excepcional e intemporal poema, de um grande senhor e homem de coragem, que é sempre um orgulho recordar a sua obra, especialmente neste dia.
Canto Moço - Zeca Afonso
"Somos filhos da madrugada,
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos trago
Verde Oliva de flôr do ramo.
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágua
Pelas praias do mar nos vamos
À procura da manhã clara.
Onde o vento cortou amarras
Largaremos pela noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Viva a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca brisa, moira encantada
Viva a proa da minha barca.
Votos de que a primeira geração do MEPII, seja digna do nosso legado histórico, e um marco de continuidade do desenvolvimento económico e sustentável de Portugal, sem nunca exitar em ter o direito à diferença, liberdade de expressão e direito ao pensamento.
Só para terminar. where are Prof. Sandro Mendonça?

Globalização - pormenores importantes...

Quando se pensa em globalização pensa-se em abertura de mercados. Depreende-se que a abertura de mercados a concorrência externa irá tornar esses mercados mais eficientes conferindo aos consumidores preços mais baixos e às empresas mais capital disponível o que aumentará o bem-estar social. Isto é a teoria, no entanto, na prática, como refere a obra Making Globalization Work de Joseph Stiglitz, não é bem isso que acontece. Verificou-se em diversos países entre os quais Índia, México e Argentina que a abertura do sector bancário ao exterior levou a que grandes bancos internacionais entrassem no mercado e concorressem directamente com os pequenos. Muitas vezes, os grandes compravam os pequenos. Até aqui tudo bem... No entanto, o pormenor é que os grandes bancos internacionais preferiam conceder empréstimos a multinacionais como a IBM, Coca-Cola e Microsoft do que às pequenas e médias empresas domésticas. Portanto, seguidamente à abertura dos mercados financeiros ao exterior existia um enfraquecimento das pequenas e médias empresas locais que teriam muitas dificuldades em conseguir crédito para se financiarem e concorrerem com as multinacionais.

O funcionamento da banca internacional, neste contexto, pode ser explicado através da informação assimétrica (conceito que deu o prémio Nobel a Stiglitz), já que a grande banca internacional não conhece as empresas “estrangeiras” (domésticas de cada país) e está habituada a negociar com as multinacionais; ou, seguindo a abordagem maquiavélica, poderia servir de posto avançado ou de primeira vaga para a posterior “invasão” em larga escala das restantes empresas multinacionais.

Concluindo, esta Globalização revela-se cada vez mais como a ditadura dos mais fortes...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Corrupção: "Não vale a pena combatê-la"

Sentença é "sinal de que não vale a pena combater corrupção" - Ricardo Sá Fernandes


(...)
Segundo os juízes da Relação, "os atos que o arguido (Névoa) queria que o assistente (vereador José Sá Fernandes) praticasse, oferecendo 200 mil euros, não integravam a esfera de competências legais nem poderes de facto do cargo do assistente".

Assim, a decisão da Relação indica que "não se preenche a factualidade típica do crime de corrupção ativa de titular de cargo político", disse aos jornalistas o presidente do Tribunal da Relação, Vaz das Neves.

(...)

Portanto, se bem percebo a coisa, o corruptor 'safou-se' por ser estúpido, não por não ter procurado corromper.

Pronto, assim sendo, por aqui me fico.

encontramo-nos no Marquês de Pombal, dentro de 15 dias, com o leão a testemunhar o voo da águia antes de picar o miolo do dragão.

sábado, 17 de abril de 2010

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Programa Inovexport

Trata-se de um Programa promovido, gerido e executado pela AICEP, EPE, em articulação com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

Este Programa de Estímulo ao Emprego de Especialistas em Comércio Internacional nas Pequenas e Médias Empresas Nacionais Exportadoras ou potencialmente exportadoras, tem como principais objectivos:

Promover as exportações das empresas portuguesas e a sua competitividade nos mercados Externos;

Fortalecer a capacitação e o conhecimento das empresas portuguesas em matéria de internacionalização, através do apoio à integração no quadros das empresas de jovens com conhecimentos e / ou experiência em matéria de Comércio Internacional;

Promover a integração de jovens com competências adquiridas em comércio internacional ou experiência profissional neste domínio, no tecido empresarial nacional, agilizando a sua integração no mercado do trabalho.

E materializa-se num estágio de cerca de nove meses de jovens especialistas em comércio internacional junto das empresas que se candidatarem a este Programa e que são as PME exportadoras ou potencialmente exportadoras com produto e/ou serviço de origem nacional;

Mais informações estão disponíveis no site
www.inovexport.com

terça-feira, 13 de abril de 2010

Economia do Mar em Portugal com potencial para valer 1/3 do PIB em duas décadas

Plataforma Continental apresentada hoje. A Economia do mar pode valer mais de 1/3 do PIB em duas décadas
Extensão de plataforma continental é apresentada hoje na ONU e prevê prolongamento da costa para as 350 milhas.
Portugal pode ter nas próximas duas décadas mais de 1/3 do valor da riqueza produzida (PIB) proveniente de actividades económicas relacionadas com o mar. É a conclusão retirada por José Poças Esteves, o sócio-gerente responsável pela estratégia e competitividade da SAER, e co-autor de um estudo realizado em 2008 a pedido das 20 maiores empresas portuguesas e coordenado pela Associação Comercial de Lisboa.

Esta nova noção das dimensões económicas do país surge no contexto da apresentação, hoje, pelo responsável da Estrutura de Missão para a Extensão de Plataforma Continental (EMEPC) nas Nações Unidas, em Nova Iorque, dos fundamentos jurídicos, científicos e técnicos da candidatura nacional à extensão da plataforma continental (das 200 milhas, correspondente aos limites da actual Zona Económica Exclusiva, ZEE, para as 350 milhas ou até 100 milhas para além da batimétrica dos 2500 metros).

"Não lhe chamaria uma nova utopia. Mas esta questão do mar pode tornar-se o grande desígnio nacional nas próximas décadas. Pode mudar completamente o paradigma e representar mesmo mais de 1/3 do valor do PIE nacional", diz Poças Esteves ao Diário Económico. Para o sócio do ex-ministro das Finanças, Ernâni Lopes, "isto significa deixarmos de estar no canto da Europa e podemos passar a ser considerados um país central em termos de comunicações marítimas e não só", acrescentou Poças Esteves. Mas há mais: Portugal, segundo o mesmo responsável, pode ainda tornar-se no "5º país da Europa em termos de dimensão territorial e no 15º do mundo, incluídas as economias emergentes como as da China, Índia, Brasil, etc.", disse Poças Esteves.

De facto, com a nova economia do mar cria-se um paradigma diferente e contrário ao actual modelo de desenvolvimento em que Portugal "não consegue afirmar-se em termos internacionais, porque não tem uma voz", releva este responsável pelo estudo que já em 2008 determinava que "facilmente a dimensão económica poderia atingir os 11% do PIB em termos de valor económico potencial, excluindo o turismo". Esse trabalho incluía apenas o turismo náutico.

Ainda segundo Esteves Poças, "o impacto económico é o mais importante de todos", E explica a razão: "Porque temos 23 vezes mais território marítimo do que terrestre". Em seis meses Poças Esteves acredita "totalmente" que a ONU poderá dar resposta positiva ao projecto de expansão marítima hoje apresentado por Portugal. E explica: "Porque está muito bem elaborado e tem um levantamento geológico do fundo do mar muito exaustivo e muito bem feito. Aquilo que nós avaliámos no outro estudo foi o aproveitamento económico potencial para o futuro".

Este responsável defende ainda que é perfeitamente viável para Portugal controlar a nova costa redimensionada. "Temos todas as condições para o fazer e para controlar em termos de segurança e de exploração de recursos", afirma. "E creio que a resposta da ONU será positiva, porque as 150 milhas que Portugal quer crescer são actualmente território de ninguém. Por isso, julgo que não há nenhum perigo de a resposta ser negativa".

"Por outro lado, não é possível desligar esta da questão dos novos submarinos que Portugal se prepara para comprar, porque julgo poderem ser um meio privilegiado de controlo e de capacidade tecnológica de exploração de recursos e de investigação a vários níveis", acrescente Poças Esteves.

Além disso, Portugal tem capacidade de exploração e de investigação para toda esta grandeza em termos de milhas marítimas., porque tem por exemplo investigação náutica em Aveiro, nos Açores e um centro de robótica submarina do Instituto Superior Técnico que te agora instalações em Cascais.


Há petróleo a três mil metros

"É muito provável que exista petróleo explorável nestes mares, porque há manchas de crude a 3 mil metros de profundidade e hoje é possível explorar petróleo a sete mil metros de profundidade", diz Poças Esteves, sócio-gerente responsável pela estratégia e competitividade da SAER . "No futuro, e deste ponto de vista, poderemos vir a ser controlados pelos brasileiro e por outras potências que se dedicam à exploração de petróleo. Os brasileiros, designadamente, porque controlam e têm adquirida toda a tecnologia de exploração existente no mundo", disse.


Como Portugal pretende crescer mais 150 milhas

Fundamentos da plataforma continental hoje apresentados.

Os recursos descobertos e por descobrir na nova plataforma continental - ou parcela territorial marítima - que Portugal pretende ver aumentada das 200 para as 350 milhas podem tornar-se "a alavanca para um grande desenvolvimento nacional", disse Manuel Pinto Abreu ontem à agência Lusa.

O responsável da Estrutura de Missão para a Extensão de Plataforma Continental (EMEPC) apresenta hoje nas Nações Unidas, em Nova Iorque, os fundamentos jurídicos, científicos e técnicos da candidatura nacional à extensão da plataforma continental (das 200 milhas, correspondente aos limites da actual Zona Económica Exclusiva, ZEE, para as 350 milhas ou até 100 milhas para além da batimétrica dos 2500 metros). E garante: "Ainda está por descobrir o primeiro metro quadrado no fundo do oceano sem interesse". Após a submissão dos fundamentos técnicos à Comissão de Limites da Plataforma Continental (CLPC) das Nações Unidas, actualmente presidida pelo brasileiro Alexandre Tagore Albuquerque, a proposta portuguesa será objecto de uma "avaliação técnica e de profundidade" por uma subcomissão emanada da CPLC.

Além disso, o subsolo marinho que poderá ser acrescentado à jurisdição portuguesa em resultado da extensão da plataforma continental nacional apresenta "vários e extensos" depósitos passíveis de conter hidrocarbonetos como petróleo e gás natural.

Manuel Pinto de Abreu salientou, contudo, que a probabilidade de existir petróleo ou gás natural "carece de ser confirmada". "O projecto de extensão da plataforma continental não é orientado à prospecção de recursos naturais. Terá que ser feito um trabalho de intensidade e dedicado para a prospecção de recursos naturais, o que o próprio projecto de extensão da plataforma está de alguma forma a fazer. Só depois dessa prospecção podemos avaliar a probabilidade da existência desses recursos", enfatizou.

O responsável da EMEPC calculou que sejam necessários pelo menos três anos para validação de "indícios seguros" sobre a existência de hidrocarbonetos e cerca de 10 anos para desenvolver a sua exploração.

Paralelamente aos hidrocarbonetos, a plataforma continental estendida apresenta diversos metais e "um sem número de minerais e de recursos vivos com diferentes utilizações industriais" - o recurso com "maior potencial", em sua opinião.

O que existe e as condições de exploração
Aludindo à descoberta recente de uma "boa bacia de retenção" ao largo dos Açores pela missão de exploração do leito e subsolo marinho (baptizada "fried egg" pela sua forma característica), Manuel Pinto de Abreu admitiu existirem "vários e extensos" depósitos similares na plataforma continental estendida que poderá ser reconhecida a Portugal. E acrescentou: "Sabemos que há hidrocarbonetos, eles existem, é preciso ver de que tipo existe e quais as condições de exploração". "O que temos detectado é que existem bons indícios de que possam haver diferentes tipos de hidrocarbonetos. Essas áreas são bastante generalizadas na totalidade do espaço da plataforma continental estendida", afirmou, especificando que esses recursos estão disseminados pelas três áreas (continente e regiões autónomas da Madeira e Açores). "O grande interesse está ao nível dos chamados recursos genéticos, as pequenas moléculas e micro organismos na maior parte constituem uma novidade para a ciência", comentou.
2010-04-13 09:31
Miguel Costa Nunes, Diário Económico

sexta-feira, 9 de abril de 2010

APRESENTAÇÃO DE THINK THANK INDIVIDUAL.

Caros colegas, vou começar a aqui documentos que tenho realizado no âmbito de parcerias com empresas (sobretudo PME`S e organismos públicos e privados), associado ao meu Blog LUSITANIUMEXCELSIUS.

O primeiro documento que aqui apresento é uma análise Briefing do Relatório sobre a Competitividade da Economia Portuguesa do GLOBAL COMPETITIVENESS INDEX (GCI) 2009 - 2010.

Podem encontrar a minha análise aqui.

Quem são os corruptos em Portugal ?

O corrupto típico é homem, casado, tem entre 36 e 55 anos, exerce uma profissão a tempo inteiro e não tem antecedentes criminais.
Profissionais dos serviços e vendedores são os que mais oferecem subornos, enquanto os quadros intermédios e superiores da administração pública são os que mais se deixam «comprar».

Segundo o relatório da Procuradoria-geral da República e do ISCTE, que analisou a corrupção participada em Portugal entre 2004 e 2008, e a que a TVI teve acesso, a classe política é visada em 10% dos casos de corrupção passiva, mas também surge como suspeita de oferecer subornos em quatro por cento dos processos analisados.
As empresas do sector privado são líderes absolutas na oferta de subornos, com destaque para a área da construção civil, seguida do desporto, ensino automóvel, hotelaria/ restauração e imobiliária.
A situação inverte-se quando está em causa o perfil de quem aceita «vender-se». Aqui o sector público domina, com os órgãos do poder local a levarem a dianteira, visados em quase 60% dos 463 processos abertos.

Entre 2004 e 2008 registaram-se 155 participações contra câmaras municipais, 40 participações contra juntas de freguesia e 68 contra serviços municipalizados de água e saneamento.
O ministério da administração interna ocupa o segundo lugar na lista dos mais permeáveis à corrupção, com 47 participações, a maioria visando a GNR e a PSP.
O terceiro lugar pertence ao Ministério da Justiça. Os 32 casos participados dizem respeito sobretudo a tribunais, conservatórias e registos civis, mas também atingem estabelecimentos prisionais e num caso, até, a própria Procuradoria-geral da República.

O distrito judicial do Porto bate recordes no caso da corrupção, com perto de 40% da criminalidade participada, contra os quase 30% de Lisboa.
O estudo analisou 838 processos, cerca de 90% de toda a corrupção participada em Portugal entre 2004 e 2008.
Tags:
PORTUGAL, EUROPA, CORRUPÇÃO, CORRUPTOS, AGÊNCIA FINANCEIRA, SUBORNO

sábado, 3 de abril de 2010

Fundos de pensões: ah, pois é, bébé...

Pension Funds Still Waiting for Big Payoff From Private Equity

By JENNY ANDERSON, no The New York Times

Published: April 2, 2010

Private equity deal-makers, those kings of corporate buyouts, made billions for themselves when times were good. But some of their biggest investors, public pension funds, are still waiting for the hefty rewards they were promised.

The nation’s 10 largest public pension funds have paid private equity firms more than $17 billion in fees since 2000, according to a new analysis conducted for The New York Times, as the funds flocked to these so-called alternative investments in hopes of reaping market-beating returns.

But few big public funds ended up collecting the 20 to 30 percent returns that private equity managers often held out to attract pension money, a review of the funds’ performance shows.

Many public pension funds are struggling to recover from a collapse in the value of their portfolios, despite large private equity investments that were supposed to help cushion their losses.

Fees are at the center of the debate over the divergent fortunes of private equity managers and their investors, because fees often make a big dent in any investment gains.

That “raises the question as to why they accept to pay this level of fees,” said Oliver Gottschalg, a professor at the HEC School of Management in Paris who conducted the study on private equity fees.

State and local pension assets declined by 27.6 percent from the end of 2007 to the end of 2008, wiping out $900 billion, according to the Government Accountability Office.

Those poor returns have rankled some longtime private equity investors like the California Public Employees’ Retirement System, or Calpers. In September 2009, it “strongly endorsed” principles proposed by the Institutional Limited Partners Association, which represents private equity investors, to keep management fees in check and improve disclosure about fund performance.

The funds vary in how they report their performance and calculate their returns, allowing a significant number to classify themselves as “top quartile,” or the best performers.

“The fees paid to private equity managers has been a source of great frustration,” Joseph A. Dear, the chief investment officer for Calpers, said in an interview, adding that the managers “shouldn’t be making a profit on the management fee. They should make money when their investors make money.”

Still, despite the high fees, he said the funds’ performance had been good. “We don’t expect 20 percent,” he said. “We expect 3 percent more than public markets, net of fees.”

Private equity executives generally say their fees are justified by their market-beating returns. Reached by e-mail on Friday, Robert W. Stewart, a spokesman for the Private Equity Council, the industry’s trade association, declined to comment.

Public funds pay a lot of money to managers of so-called alternative investments like private equity, venture capital, real estate and hedge funds. In 2009, the Pennsylvania Public School Employees’ Retirement System paid $477.5 million in fees — 20 percent more than it did in 2008 and 283 percent more than in 2000, the earliest year for which data was available.

These funds generally charge fees totaling 2 percent of the money they manage and then take 20 percent of the profits they generate.

And yet, even after paying hundreds of millions of dollars in fees, the Pennsylvania fund is ailing. It lost more than a quarter of its value during its latest fiscal year and is now worth less than it was a decade ago, although its performance has improved recently.

(...)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

business as usual

Corrupção: 22 países (ganda festa!!)

A Daimler aceitou pagar 185 milhões de dólares para a SEC e o DoJ encerrarem os inquéritos por corrupção.

(...)
The SEC alleges that Daimler paid at least USD56 million in improper payments over a period of more than 10 years. The payments involved more than 200 transactions in at least 22 countries. Daimler earned USD1,900 million in revenue and at least USD90 million in illegal profits through these tainted sales transactions, which involved at least 6,300 commercial vehicles and 500 passenger cars.
(...)
It is no exaggeration to describe corruption and bribe-paying at Daimler as a standard business practice," said Robert Khuzami, Director of the SEC's Division of Enforcement
(...)
Daimler agreed to pay USD91.4 million in disgorgement to settle the SEC's charges and pay USD93.6 million in fines to settle charges in separate criminal proceedings announced by the U.S. Department of Justice.


Vem em tudo o que é sítio. Por exemplo, aqui.

quarta-feira, 31 de março de 2010

e que tal fucking?



have a beer, I mean!

esta terreola na Áustria quer dar o nome a uma cerveja e exportá-la pars os EUA.

The main tourist attraction of the Austrian village of Fucking, some 35 kilometres northwest of Salzburg, is its sign. It is pronounced "Fooking" in German. Now the village, with a population of just around 90, looks set to get a beer named after it, even though it doesn't have a brewery.


again, no Der Spiegel.

terça-feira, 30 de março de 2010

Corrupção: Portugal-Alemanha (olhós submarinos!!)

(...)

Insiders suspect that even more cases in which the Essen company did the dirty work for other companies could turn up soon. "The case could have repercussions for the whole of German industry," says a former MAN executive.

The current internal corruption scandal at Ferrostaal revolves around the delivery of two Type 209 submarines to Portugal. Ferrostaal, which had bid against submarine builder HDW and shipbuilder Thyssen Nordseewerke, won the €880 million contract in November 2003 -- with the help of bribes and a number of phony consulting contracts.

According to the investigators' files, a Portuguese honorary consul approached one of the Ferrostaal board members in 1999. The man allegedly said that he could be helpful in the initiation of the submarine deal. According to the files, the honorary diplomat demonstrated his influence by setting up a direct meeting in the summer of 2002 with then Prime Minister José Manuel Barroso.

The Ferrostaal executives in Essen were apparently so impressed that they signed a consulting agreement with the honorary consul in January 2003, in return for his "constructive assistance." Under the agreement, the Portuguese diplomat was to be paid 0.3 percent of the total contract volume if the deal went through.

The consul ended up collecting roughly €1.6 million, which the investigators see as a clear violation of his duties as a diplomat.

But it appears that Ferrostaal did not rely solely on its advisor's good connections to bring about the submarine deal. It is believed that a consulting agreement was concluded between Ferrostaal and a partner, on the one hand, and a rear admiral in the Portuguese navy, on the other. The deal, most recently, was worth €1 million.


A Portuguese law firm is also believed to have played a role in ensuring that that the contract was awarded to Ferrostaal, and that plenty of bribe money was paid in return.

Prosecutors have already identified more than a dozen suspicious brokerage and consulting agreements related to the submarine deal. According to the investigation files, all of these agreements were designed "to obfuscate the money trails," so as to pass on payments "to decision-makers in the Portuguese government, ministries or navy."

It appears that, in the end, Ferrostaal paid so many consulting fees that not much was left in the form of profits from the submarine deal.


mais uma vez na Der Spiegel.

Corrupção: Alemanha



US Investigators Crack Down on Daimler's Culture of Corruption
(no Der Spiegel).

sábado, 27 de março de 2010

Luís Grande

quinta-feira, 25 de março de 2010

Corrupção: Portugal

O advogado Ricardo Sá Fernandes considera que a pena a que foi condenado por difamação não o "desonra", mas é uma situação que revela "degradação moral" no combate à corrupção em Portugal

no Expresso.

terça-feira, 23 de março de 2010

Corrupção: Reino Unido

Three former cabinet ministers have been suspended from the Parliamentary Labour Party over claims they were prepared to influence policy for cash.

um dos ex-ministros era o da Defesa na altura da guerra do Iraque...

o resto aqui.

justiça, juízes, independência, eficácia,...

Justiça e tal, um dos factores de bloqueio da sociedade e da economia portuguesa, assim e coisa, conversa de conferência e artigo de jornal, estão a ver?

pois, aqui está uma entrevista com food for thought: “Não se pode dizer que o poder judicial é independente”.

Corrupção: Portugal

Há anos que se discute, em Portugal, a melhor forma de lutar contra a corrupção...


o resto aqui.

domingo, 21 de março de 2010

sábado, 20 de março de 2010

Corrupção: Portugal

PS quer equiparar a subornos prendas para políticos, DE, 20 de Março

A lista de prendas de Manuel Godinho, Sol, 20 de Março

Corrupção: Portugal

Leis à medida e outras coisas interessantes, por Marinho Pinto.

Corrupção: Koméké?!!

Foi um documento com o timbre da Polícia Judiciária (PJ) apreendido durante buscas do processo "Face Oculta" que desencadeou uma investigação à Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), organismo que também pertence à PJ.

desenvolvimento aqui

domingo, 14 de março de 2010

QUO VADIS, PETRÓLEO?

Nesta revista, uma excelente publicação na área das relações internacionais pela Chatham House, podemos ver magníficos artigos sobre uma variedade de temas ... inlcuindo este:

World Oil Trade: New Oil Axis

We have got used to worrying about which volatile region our energy supplies come from. Now change is afoot, new worries for different people. The world oil trade is moving from west to east, with demand growing in a region with few supplies. New balances are developing which will shape the oil market and change its geopolitics. Asia's oil will largely come from the Middle East, an area on which it has little expertise. Atlantic countries need to look to Russia and Central Asia.

Carta aberta ao Prof. Sandro Mendonça


Caro Prof. Sandro,
Possívelmente será a última vez que lhe escrevo, dando notícias desta nossa epopeia a que chamamos " Cluster do Mar Português", que não deverá ser confundida com outros estudos ou figuras de estilo frequentemente apontados, este será no seu final, um trabalho de autor.
Aproveitando o "Lado Lunar" e a maré de feição, já iniciamos a viagem de regresso a terra firme de Portugal, após muitas muitas milhas náuticas percorridas desde a partida(recorda-se da imagem ínicial do Padrão dos Descobrimentos?). Acabamos de dobrar o cabo da Boa Esperança em bonança, aproveitando a boa disposição do rezilento Adamastor, que por estes dias já anda eufórico com a preparação do primeiro Mundial de Futebol realizado em África, e logo na África do Sul. È claro que não existem " almoços grátis", e foi necessário oferecer ao Adamastor para ajudar à sua boa disposição, como acto diplomático, uma garrafa de " Colares" - "Diplomacia Económica ou Corrupção ?".
Há 400 Anos na época dos descobrimentos, foi decretado por carta régia de D. Manoel, que " a bordo das Naus não falte vinho de Colares". Para quem não saiba, a marca Colares "Ramisco" é" Patenteada", e a " Ciência e Inovação" utilizada no seu cultivo, permitiu que fosse o único vinho que resistiu à praga da Filoxera no Séc.XIX, que destruiu os vinhedos do Douro e da Europa(não existiam hà época outras regiões demarcadas em Portugal, nem os vinhos do novo mundo). Já existem pequenos sinais de escorbuto a bordo, para os quais iremos utilizar o " Genérico" do Zovirax, produzido através da investigação e ciência Marinha, conforme referido na apresentação doPaulo(espero que tenham estado com atenção.....).
Importante de referir, que a garrafa oferecida ao rezilento Adamastor foi adquirida a um preço justo, sem recurso ao "Dumping" e respeitando a liberalização das "Normas Internacionais de Comércio). A bordo desta vez transportamos apenas conhecimento como sempre desde há 500 anos(acho sempre piada quando se fala nas estratégias de Liboa e XX-XX, que agora é que iremos apostar no Capital Humano e sociedade do conhecimento....). O pouco ouro amealhado nas trocas diplomáticas com outras nações e culturas, teve que infelizmente ser aplicado nas propinas no final de Fevereiro.
Vou passar o leme ao Paulo Borges agora que já pressentimos a aproximação do Bojador no horizonte, e os ventos alisios nos empurram através de uma agradável brisa ligeira. Foi um enorme prazer partilhar convosco a sapiência dos vossos estudos no " Workshop de Sábado". Talvez no final de Março apareça por Belém para tentar avistar o " Cluster doMar " a navegar à entrada do Bugio com as velas desfraldadas com a cruz de Cristo, simbolo da nossa velhinha economia periférica, Global, e Universal, para a entrega final do " Diário de Bordo ".

sexta-feira, 12 de março de 2010

QUE PROBLEMAS ÉTICOS SE LEVANTAM NA PRESCRIÇÃO DE UM MEDICAMENTO GENÉRICO?

A demarcação entre a economia da reprodução e a economia da invenção está presente no domínio farmacêutico, separa os medicamentos genéricos por um lado e as invenções protegidas por uma patente, por outro.

Não se trata de uma questão que releve em primeiro lugar do Estado, o qual apenas pode travar ou acelerar as coisas, mas mais fundamentalmente da dinâmica de invenção farmacêutica.

A revolução dos medicamentos genéricos mostra que o envelhecimento dos medicamentos patenteados sem serem substituídos por medicamentos de outra maneira mais eficazes, então, os medicamentos genéricos passarão a primeiro plano, mesmo que os industriais e os poderes públicos travem a fundo.

Veja-se o caso dos Estados Unidos que em vinte anos, passaram de 20 para 50% o lugar tomado pelo mercado dos medicamentos genéricos.

Se nada se opuser a esta tendência, a mudança será gigantesca porque os lucros gerados já não terão nada a ver com os últimos cinquenta anos, as margens brutas dos laboratórios farmacêuticos poderão baixar para metade.

Os medicamentos que deixaram de estar protegidos por uma patente ocupam um lugar considerável, o que não significa que haja sempre genéricos credíveis para lhes fazer concorrência; da lista de cerca de 270 medicamentos indispensáveis elaborada pela Organização Mundial de Saúde, 265 podem tornar-se genéricos. A composição destas listas é contestada, por exemplo, pelos Médicos Sem Fronteira, porque determinados medicamentos não estão incluídos por razões económicas, é o caso das terapias triplas indispensáveis contra a sida.

Os genéricos podem ser vistos como uma grande ameaça para a indústria do medicamento; o mesmo tipo de listas, tendo em conta as preferências e os hábitos terapêuticos de cada país, poderiam surgir em todos os países da OCDE, que representam o essencial do mercado farmacêutico mundial.

O destino da maior parte dos grandes laboratórios farmacêuticos está dependente de alguns medicamentos blockbusters, cujo volume de negócios anual ultrapassa mil milhões de euros.

Daí a fragilidade que pode medir-se quando um desses medicamentos prometedores é retirado do mercado por razões de tolerância; consequências sobre a cotação na Bolsa da empresa em causa são imediatas e o colapso não pode ser evitado. À menor inquietação, por exemplo, sobre a solidez de uma patente ameaçada de ser atacada por um fabricante de genéricos o valor de cada acção da empresa cai de maneira significativa.

Mas será ela (a indústria farmacêutica) capaz de o fazer?

Seria necessário que a indústria farmacêutica pudesse fazer substituir cada medicamento importante prestes a cair no domínio público, pelo menos por um novo produto significativamente superior, em termos de eficácia ou de tolerância, obrigando médicos e pacientes a renunciar ao antigo medicamento por perfeito conhecimento.

Ou, então, a indústria deveria explorar novos campos, novas patologias onde não existe ainda qualquer tratamento eficaz, isto é, no essencial as doenças ligadas ao envelhecimento, que se tornaram a principal cause de mortalidade nos países ricos, e as doenças infecciosas, que continuam a ser a principal causa de mortalidade nos países pobres por falta de disponibilidade dos tratamentos existentes.

A GRANDE REVOLUÇÃO DOS MULTI-MILIONÁRIOS CHINESES

"China now has more billionaires than any other country besides the United States, according to Forbes magazine."

aqui

quinta-feira, 11 de março de 2010

Crescimento, inovação, PEC, vinho,...

Daniel Bessa

Crescimento no PEC é flor de estilo

o crescimento económico de Portugal está hipotecado nos próximos anos, de forma muito séria, não directamente por culpa do PEC, mas sim das políticas de "insustentabilidade" que marcaram a década de 90.

Portugal está inserido no grupo de países que só podem crescer pela inovação


Vinho: pós-graduação católica

Corrupção: Portugal

Autarcas de seis câmaras investigados pela PJ. Suspeitas de corrupção em negócios com "Pingo Doce".

p-O-w-e-R-p-O-I-N-t

UE: Marca Património Europeu



Marca Património europeu para distinguir sítios que celebram e simbolizam a integração, os ideais europeus e tenham desempenhado um papel chave na história da União Europeia.

Dumping, Anti-

http://www.voxeu.org/index.php?q=node/4729

Benchmarking ou Bechamel?!

Uma
análise
dos
procedimentos
em
vários
Institutos Nacionais de Propriedade Industrial

Com que tipo de Turista se identifica?

Praia? Rural? Aventura? Cultural?

E geograficamente, prefere o estrangeiro? Já conhece bem Portugal?


Ou faz parte do número de muitos portugueses que identifica o turismo em PT como a zona do Sul, onde as praias Algarvias são um destino sazonalmente repleto de Turistas vindos de todo o Mundo?


Conhece a oferta do seu País?


Sabia que, apesar de nossa pequena dimensão, somos possuidores de uma vasta e diversificada oferta turística?


Já pensou conhecer Portugal de uma ponta a outra… beneficiando do clima e luz, da História, da Cultura, da Tradição, Hospitalidade, da Gastronomia e dos vinhos?


Considera a oferta Portuguesa desorganizada ou subaproveitada?


Queremos desmistificar esta ideia! Portugal tem um enorme potencial de crescimento no sector do turismo, se souber gerir os seus recursos…somos mundialmente conhecidos lá fora, pelo mundo global… mas não o suficiente! Queremos dinamizar a oferta portuguesa, através de um projecto capaz de unir e sintetizar tudo o que Portugal tem para oferecer.


Venha conhecer o seu País e o novo projecto que promete pôr Portugal de novo no Mapa, e na “Rota” certa!


“Portugal num copo”, sábado no Iscte, pelas 10:00h.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Corrupção: EUA, Somália, Portugal

Moody's e Standard & Poor's processadas por notações corruptas.

Up to half the food aid in Somalia is diverted to corrupt contractors, local UN workers and Islamist militants, a leaked UN report says.

Porto sem verbas para combater a corrupção.

Um quinto das autarquias não entregou plano de prevenção da corrupção.

O combate à corrupção está na estaca zero, ou quase. Foi esta impressão que ficou no ar no final da audição parlamentar dos directores dos quatro DIAP (departamentos de investigação e acção penal), de Lisboa, Porto, Coimbra e Évora, deixaram queixas e propostas.

... A actividade do Conselho de Prevenção da Corrupção, que funciona no Tribunal de Contas, mereceu críticas da procuradora geral adjunta: "É um organismo estático que não interage com a investigação e que se alimenta de informações recebidas pelas autoridades".
"Faltam circuitos de prevenção e de detecção de crimes de corrupção em tempo real", acrescentou Maria José Morgado, para quem a "má organização e as más leis favorecem as oportunidades corruptivas" tal como "a promiscuidade entre funções públicas e privadas".
Para a directora do DIAP de Lisboa, "a política criminal é ineficaz, o modelo de investigação criminal está completamente ultrapassado, com uma sobreposição do ministério público sobre a polícia judiciária"
.

«A sociedade portuguesa tem excesso de corrupção, compadrio, de promiscuidades, e não estão apenas no espaço do Governo».

Pode-se estar desempregado, mas parado não!


Revista Science apresenta estudo importante para tempos difíceis

a ideia é "

KEEP WORKING (EVEN IF YOU DON'T GET PAID)""

porquê?

"ou need to keep your skills and contacts fresh."

Nominations for the European Inventor Award 2010


The nominees for the European Inventor Award 2010 include inventors of pioneering innovations, such as the conservation of drinking water, the synthesis of football-shaped carbon molecules, cancer treatments and digital data encryption. Other nominees are the Wii console, the civilian use of GPS, mobile use of fuel cells, "green" plastic and internet access straight from a wall socket

read more

terça-feira, 9 de março de 2010

Um Mandela Dois Freemen

Dedicada ao Corto Maltese, que não foi curto a animar os malteses para sábado!

segunda-feira, 8 de março de 2010

PORTUGAL CIÊNCIA OU PORTUGAL INOVAÇÃO?

Portugal Ciência ou Portugal Inovação?

Não perca a sessão de apresentação pública no dia 13 de Março de 2010 - ISCTE - IUL - Aula Autónoma (Sala 223).


                                                veja aqui.

Não é a alta velocidade que determina posição de Portugal no Mundo - Cavaco Silva

O presidente da República considerou hoje que a alta velocidade ferroviária pode ter "algum efeito" mas não é determinante para definir a posição de Portugal no mundo, marcada por uma "nova centralidade".
"Somos um porta para África, para a América Latina, para a América do Norte. Estamos no centro do mundo global. Chegar mais cedo a Barcelona ou Madrid pode ter algum efeito mas esta é uma questão da geografia no mundo global, não algo que seja determinado por mais ou menos velocidade na chegada a um ponto europeu", afirmou Cavaco Silva.

O chefe de Estado falava em Andorra onde foi questionado por jornalistas sobre declarações que fez à imprensa espanhola - em que rejeitou que Portugal fosse um país periférico - e se o TGV poderá ajudar a aproximar ainda mais o país da Europa.
2010-03-06 07:58
Lusa

Será o Cluster do Mar Português uma Inovação com 500 Anos?



A História marítima da Europa, lançou as bases para o papel de liderança do continente europeu no comércio e na indústria ao longo dos últimos Séculos. Os países Europeus já eram verdadeiros agentes globais muito antes do conceito de Globalização ter sido criado. A economia Global segundo (Michalet, 2001), corresponde à terceira fase da mundialização, pelo concurso de três vectores ou dimensões: as trocas internacionais de bens e serviços, os fluxos de investimento directo estrangeiro, e a circulação de capitais.

Podemos afirmar que Portugal foi pioneiro na exploração regular do comércio Global através da via marítima entre continentes, fruto da sua capacidade de inovação tecnológica e conhecimentos científicos avançados, assim como devido a uma elevada capacidade cultural de integração e penetração em outras economias/culturas. A Caravela de 1500 era um Cluster do Mar! O comércio Global e a competitividade já existiam!

O princípio do Século XXI acrescentou à Globalização, em grande parte devido às mudanças tecnológicas e à sociedade de informação em que hoje nos encontramos, uma verdadeira reconfiguração Geo Estratégica planetária, com o surgimento de novos actores internacionais do poder económico e político a moverem-se, produzindo transformações nas várias esferas da economia, da organização do território e da sociedade, resultantes desta nova reconfiguração Geoestratégica à escala mundial.

A alteração do actual padrão de modernização competitiva que se coloca á Economia Portuguesa enquanto País de desenvolvimento intermédio, exige a passagem da modernização da economia nacional para o padrão de modernização da globalização competitiva, o que implica a definição de uma estratégia baseada no conhecimento e inovação, em torno das suas “ capacidades dinâmicas “ idiossincráticas (Nick von Tunzelmann).


O conceito teórico de Cluster segundo Michael Porter, pressupõe para o objectivo da criação do Cluster do Mar em Portugal e a sua integração no Cluster Marítimo Europeu, a aposta na promoção de formas inovadoras de aproveitamento sustentável dos recursos dos mares e oceanos, contribuindo para o desenvolvimento da economia do Mar e das indústrias marítimas, apostando nas ciências e tecnologias do mar, criando emprego, fomentando o ensino, a educação, o turismo e desporto associados ao mar, potenciando sinergias através da implementação de um planeamento e ordenamento espacial das actividades, através da criação de uma atitude colectiva e alinhada de todos os sectores estratégicos, públicos e privados, valorizando o Mar como um grande activo estratégico nacional.
O segundo objectivo da criação do Cluster do Mar Português, é a sua integração no Cluster Marítimo Europeu, que representa a futura forma competitiva de converter a tradicional actividade marítima na EU, numa nova cultura através da inovação, conhecimento, e sinergias entre sectores e Países, de forma a tornar a economia do mar mais competitiva a nível Global.

Estima-se que o seu valor económico em termos das suas actividades directas, represente cerca de 4 a 5% do PIB e Emprego nacionais e, com um total, englobando efeitos directos e indirectos, de cerca de 10 a 12% do PIB e Emprego nacionais. A nível da UE-27, estima-se que entre 3% e 5% do PIB da Europa é gerada por indústrias navais e de serviços - sem entrar em linha de conta com o valor de matérias-primas como o petróleo, peixe ou gás.



domingo, 7 de março de 2010

Corrupção (texto de trabalho)

imagem da campanha da ONU contra a corrupção

Corrupção – muito se fala, pouco se define, menos se quantifica, apesar de ter originado uma autêntica indústria analítica e motivado referências permanentes, tanto na actualidade, como ao longo da história, em Portugal e no estrangeiro. Entre a aporia do queixume e o circuito internacional das conferências, passando pela exploração mediática e utilização política como arma de arremesso, o tema corrupção está muito limitado a percepções.

Da corrupção – ou do que se entende por isso – diz-se que mata. Destrói vidas individuais, seja em termos de liberdade, saúde ou propriedade, e colectivos humanos, designadamente países. O Banco Mundial considera a corrupção o maior obstáculo individual ao desenvolvimento económico e social. Com referências generalizadas na actualidade e omnipresente ao longo de séculos, é apontada hoje, por exemplo, como uma das causas da actual recessão norte-americana (Akerlof e Schiller 2009) e internacional [dirigentes do Banco Mundial e da Transparência Internacional (1)], como foi ontem da perda da independência de Portugal (Oliveira Marques 1990) ou do império português da Índia [Beattie 2009] – por junto, é vista como an insidious plague that has a wide range of corrosive effects on societies. It undermines democracy and the rule of law, leads to violations of human rights, distorts markets, erodes the quality of life and allows organized crime, terrorism and other threats to human security to flourish (Annan 2004).

Em termos estritamente económicos, aumenta a desigualdade de rendimentos e a pobreza, ao reduzir o crescimento económico, a progressividade do sistema fiscal, o nível e a efectividade da despesa social e a formação do capital humano e ao perpetuar uma distribuição desigual da propriedade e do acesso desigual à educação (Gupta, Davoodi e Alonso-Terme 1998). Os seus efeitos negativos prolongam-se, porém, designadamente, à política, à sociedade e ao ambiente

Mas, começando pelo princípio, como se define corrupção, um termo e um tema em destaque na agenda internacional a partir dos anos 90, depois de Gorbachov ter visto a sua intenção de abertura (glasnot) e reestruturação (perestroika) do sistema soviético redundar na implosão da URSS?
E, justamente, porque ganhou visibilidade nos últimos anos?
Quais as suas causas? Qual a sua dimensão? Quais as suas consequências? Terá ‘cura’? Será algo inerente à condição humana, como parece indicar a sua recorrência histórica independentemente das civilizações?
Porque razão é mencionada século após século, malgrado a condenação pública generalizada que suscita? Constituirá uma ‘capa’ para outro fenómeno qualquer?
O foco generalizado no funcionário público e no político, como corrompido, será excessivo, desequilibrado? Já se recomendou que a definição clássica [abuso de cargo público para benefício privado] fosse reformulada para “privatização da política pública” (Kaufmann 2008). Isto faz entrar os privados na equação e traz para a discussão o lobbying na produção de leis ou a captura do Estado. Contudo, mesmo esta redefinição é questionável, ao se considerar que a corrupção é instrumento usado nas relações inter-estatais. Por outro lado, apesar de o foco público ser na grande corrupção, ligada ao exercício de cargos públicos, a pequena corrupção não pode/deve ser ignorada pelo que revela de maturidade cívica e exercício de cidadania. Concretamente, os portugueses são acusados de permissividade (Bento 2009; Sousa e Trigães 2008) e de não terem um juízo de censura (Pinto Monteiro 2006).

Mais do que uma sociedade anómica, sem regras gerais, estar-se-á perante uma justaposição de regras diferentes, se não antagónicas, apesar de coincidentes no tempo e no espaço, próprias de uma sociedade estruturada por relações de força, em que o vencedor define interesse público?

No limite, o que está em causa é saber se tudo se reduz a uma economia política mafiosa (Tapia 1999), onde se assiste à criminalização da política e à politização de criminosos (Naím 2009), em função de uma lógica de criminalidade sistémica (Maillard 2010), que provoca o sacrifício dos laços sociais ao deus dinheiro (Minc 1990).

Rui Nunes / Sara Hacamo

Notas

(1) Daniel Kaufmann: The financial debacle has many causes and implications, but it would be wrong to underestimate systemic corruption.
Disponível na Forbes, de 27 de Janeiro de 2009.
Consultado em 02 de Fevereiro de 2010.

Segundo uma notícia da agência EFE, datada de 09 de Dezembro de 2009 e despachada de Madrid, “La corrupción ha sido un "acicate bastante importante" de la crisis financiera, según apuntó hoy Jesús Lizcano, presidente de la organización Transparency International (TI) en España, en la presentación de los resultados del Indice de Fuentes de Soborno 2008”.
Disponível em Terra.
Consultado em 02 de Fevereiro de 2010.

Referências

Annan, Kofi (2004), Preamble, United Nations Convention Against Corruption, Disponível em Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção. Consultado em 13 de Fevereiro de 2010.

Akerlof, George A. e Robert J. Schiller (2009), Animal Spirits – How Human Psychology Drives the Economy, and Why it Matters for Global Capitalism, Princeton: Princeton University Press.

Beattie, Alan (2009), False Economy – A Surprising Economic History of the World, Londres: Penguin.

Bento, Vítor (2009), Perceber a Crise para Encontrar o Caminho, Lisboa: bnomics.

Gupta, Sanjeev, Hamid Davoodi e Rosa Alonso-Terme (1998), "Does Corruption Affect Income Inequality and Poverty?", IMF working paper 98/76.

Kaufmann, Daniel (2008), “Capture and Financial Crisis: An Elephant Foring a Rethink of Corruption?”, no blogue The Kaufmann Governance Post, de 03 de Novembro de 2008.
Consultado em 15 de Fevereiro de 2010.

Maillard, Jean de (2010), L’Arnaque. La Finance Au-Dessus des Lois et de Règles, Paris : Gallimard.

Minc, Alain (1990), L’argent fou, Paris: Grasset.

Naím, Moisés (2009), "Illicit Networks Operate at the Frontiers of Globalization", entrevista à revista The Brown Journal of World Affairs, Vol. XVI (1), pp: 179-183.

Oliveira Marques, A. H. (1990), “Corrupção e História”, in Alta Autoridade Contra a Corrupção (AACC) (1990), Jornadas sobre o Fenómeno da Corrupção – Textos de Apoio, Lisboa, AACC, pp: 10-11.

Pinto Monteiro, Fernando (2006), discurso de tomada de posse como procurador-geral da República.
Consultado em 20 de Fevereiro de 2010.

Sousa, Luís de e João Triães (2008), Corrupção e os Portugueses. Atitudes – Práticas – Valores, Lisboa: RCP Edições.

Tapia, René (1999), “As Rotas do Narcotráfico – Ásia Central, Cáucaso e Balcãs”, in Informação Internacional – Volume II, Lisboa: Departamento de Prospectiva e Planeamento, pp: 379-389.

nota - o texto saíu com data de domingo, mas foi publicado hoje, 2.ª feira, às 13:34 horas. Quando saíu para o blogue assumiu a data do rascunho que, esse sim, estava lá desde ontem. Não há aqui batota com as datas (RN). Just in case...