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domingo, 25 de abril de 2010

Globalização - pormenores importantes...

Quando se pensa em globalização pensa-se em abertura de mercados. Depreende-se que a abertura de mercados a concorrência externa irá tornar esses mercados mais eficientes conferindo aos consumidores preços mais baixos e às empresas mais capital disponível o que aumentará o bem-estar social. Isto é a teoria, no entanto, na prática, como refere a obra Making Globalization Work de Joseph Stiglitz, não é bem isso que acontece. Verificou-se em diversos países entre os quais Índia, México e Argentina que a abertura do sector bancário ao exterior levou a que grandes bancos internacionais entrassem no mercado e concorressem directamente com os pequenos. Muitas vezes, os grandes compravam os pequenos. Até aqui tudo bem... No entanto, o pormenor é que os grandes bancos internacionais preferiam conceder empréstimos a multinacionais como a IBM, Coca-Cola e Microsoft do que às pequenas e médias empresas domésticas. Portanto, seguidamente à abertura dos mercados financeiros ao exterior existia um enfraquecimento das pequenas e médias empresas locais que teriam muitas dificuldades em conseguir crédito para se financiarem e concorrerem com as multinacionais.

O funcionamento da banca internacional, neste contexto, pode ser explicado através da informação assimétrica (conceito que deu o prémio Nobel a Stiglitz), já que a grande banca internacional não conhece as empresas “estrangeiras” (domésticas de cada país) e está habituada a negociar com as multinacionais; ou, seguindo a abordagem maquiavélica, poderia servir de posto avançado ou de primeira vaga para a posterior “invasão” em larga escala das restantes empresas multinacionais.

Concluindo, esta Globalização revela-se cada vez mais como a ditadura dos mais fortes...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Globalização: I&D na CPLP

O portal pretende ser um sítio de referência para a Investigação e Desenvolvimento no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, veiculando informação relevante para a identificação dos actores em I&D da comunidade, a detecção de oportunidades e potenciação do estabelecimento de parcerias entre os membros.

Este projecto virtual de acesso à informação e ao conhecimento mútuo concretiza um dos objectivos patente na declaração final do Encontro “Investigação e Desenvolvimento na CPLP” organizado em parceria pelo IICT, CPLP e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia de Moçambique, a 1 de Dezembro de 2008, no qual o IICT se compromete a criar um fórum virtual sobre C&T para o desenvolvimento.

Globalização: Bora Bora

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Comércio mundial. Qual comércio?!

World trade suffers biggest drop since 1945

World trade fell by 12 per cent last year — the biggest drop since the Second World War — according to the World Trade Organisation (WTO).

The level of trade between nations had been expected to decline by 10 per cent in 2009.

Pascal Lamy, the director-general of the WTO, said the sharp fall made it “economically imperative" to conclude the Doha Round international trade talks this year.

The negotiations, which began in 2001 and are currently at a standstill, are aimed at removing barriers to trade for poor nations by striking a deal that would cut agriculture subsidies and tariffs on industrial goods.

The figures emerged as official figures confirmed that the German economy, the biggest in Europe, had stagnated in the fourth quarter of last year after 0.7 per cent growth in GDP between July and September, adding further pressure to the euro, which has been battered by recent weeks over Greece's ability to reduce its debt.

It also dimmed hopes that Germany might be able to bail out Greece.

Germany's public deficit was also revised upwards to €79.3 billion (£70 billion), or 3.3 per cent of GDP, from an initial estimate of 3.2 per cent.

Under the European Union’s Stability and Growth Pact, EU members are supposed to run deficits no larger than 3 per cent of GDP, and work towards a balance or even a surplus in times of economic growth.

em http://business.timesonline.co.uk/tol/business/economics/article7038951.ece

Relatórios globais: Crime organizado (e corrupção, já agora)

Security Council to discuss crime and instability

Organized crime deepens humanitarian crises, warns UNODC

On Wednesday, 24 February, UNODC Executive Director Antonio Maria Costa will address the Security Council on crime and instability.

Mr. Costa will focus his speech on, among other topics, the impact of cocaine trafficking on the Andean subregion, Central America and West Africa; the impact of heroin trafficking on South-West and Central Asia, South-Eastern Europe and South-East Asia; the impact of minerals smuggling on Central Africa; and the impact of maritime piracy on the Horn of Africa.

Organized crime fuels insurgency, hampers peacebuilding, and undermines the rule of law through violence and corruption.

Follow the discussion live by web cast at 10 a.m. New York time on Wednesday, 24 February.

em http://www.unodc.org/unodc/en/frontpage/2010/February/security-council-to-discuss-crime-and-instability.html

Relatórios globais: Droga

Report of the International Narcotics Control Board for 2009

em http://www.unodc.org/unodc/en/frontpage/2010/February/narcotics-bodys-annual-report-highlights-alarming-trends-in-drug-abuse.html

(e este é o post 100!!)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Isto sim...

Isto é globalização e competividade:

além de ter Jesus a treinar e um Angel [di Maria] a partir rins aos defesas antes de centrar para golo, o Glorioso alinha com jogadores de:
- Angola
- Argentina
- Brasil
- Espanha
- Uruguai
- Paraguai
- ah, e também de Portugal.
- fora os que estão emprestados: EUA, Congo, Argélia, ...

- claro, os empresáríos e presidentes também são cidadãos do mundo e não fazem questão de ter os frutos do árduo trabalho concentrados no torrão natal [quiçá, graças aos circuitos financeiros, tenham sido aplicadas no financiamento da dívida pública portuguesa, ou grega, ou na compra de armas por parte do Chipre,...].

EUA VS VIETNAME...desta vez na vertente económica!

Desde que me lembro que os Estados Unidos da América são a favor da desregulação dos mercados tanto a nível doméstico como a nível internacional. Nesse âmbito, através da leitura do livro “Making globalization work” de Joseph Stiglitz, constato que a ideologia, levada à prática, não é assim tão linear.

Como vem descrito no livro, o Vietname, em meados dos anos 90, começou a exportar peixe-gato para os EUA. Depressa o mercado norte-americano se tornou no melhor mercado externo para o Vietname, mais concretamente, as exportações vietnamitas deste produto detinham, na altura, 20% do mercado norte-americano. Os produtores norte-americanos não ficaram muito contentes e fizeram pressão para que o Congresso aprovasse uma lei que proibisse o peixe-gato proveniente do exterior de ser vendido com esse nome (catfish). Face a isto, o Vietname passa a exportar para os EUA o mesmo produto, no entanto, com o nome de Basa, que era conotado como sendo um peixe-gato de qualidade superior ao vendido pelos produtores norte-americanos e visto como um produto exótico estrangeiro. Desta vez, o produto vietnamita não estava apenas a “tirar” mercado aos produtores domésticos, estava também a ser vendido a um maior preço que anteriormente. A reacção dos EUA não se fez esperar, sendo desta vez, ainda mais agressiva, já que no falhanço de uma barreira não tarifária, usaram outra, acusando o Vietname de estar a vender abaixo do preço de custo, o denominado dumping.

Segundo Stiglitz, para um país impor uma medida anti-dumping pode usar como referência, não os custos de produção no país “réu”, mas sim os custos de produção de outro país à escolha. Devido a este paradigma, todas as medidas anti-dumping que um país desenvolvido impuser contra um país em desenvolvimento poderão ser confirmadas em tribunal já que os custos tendem a ser maiores nos países desenvolvidos que nos países em desenvolvimento (pelo menos neste caso). Para ser bem sucedido basta o país que quiser impor medidas anti-dumping usar como referência a estrutura de custos de um país que tenha elevados custos na produção do produto em causa.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ISCTE e Princeton University ... menos de um oceano de distância


Vejam aula de hoje do Prof. Paul Krugman (prémio Nobel 2008), o economista mais influente no mundo actualmente, sobre a des-globalização entre as duas guerras mundiais do século XX.

Soa familiar ou é só impressão minha? A diferença é que nós discutimos isto antes ... estes "copiões" (termo usado noutro post) andam sempre atrás de nós mas jamais nos alcançarão (jamé!).

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Globalização: Limites políticos ... e militares

"Political Limits to Globalization"


NBER Working Paper No. w15694

DARON ACEMOGLU, Massachusetts Institute of Technology (MIT) - Department of Economics, Centre for Economic Policy Research (CEPR), National Bureau of Economic Research (NBER)
Email: daron@mit.edu
PIERRE YARED, Columbia University - Graduate School of Business
Email: pyared@columbia.edu



Despite the major advances in information technology that have shaped the recent wave of globalization, openness to trade is still a political choice, and trade policy can change with shifts in domestic political equilibria. This paper suggests that a particular threat and a limiting factor to globalization and its future developments may be militarist sentiments that appear to be on the rise among many nations around the globe today. We proxy militarism by spending on the military and the size of the military, and document that over the past 20 years, countries experiencing greater increases in militarism according to these measures have had lower growth in trade. Focusing on bilateral trade flows, we also show that controlling flexibly for country trends, a pair of countries jointly experiencing greater increases in militarism has lower growth in bilateral trade.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Globalização e competitividade no OE 2007

olhó OE 2007! Tem uma caixa com este nome:

CAIXA 12: GLOBALIZAÇÃO E COMPETITIVIDADE (copiões!)

Nas últimas duas décadas o crescimento do volume dos fluxos de comércio internacional tem claramente ultrapassado o crescimento real da economia mundial.

A intensificação dos fluxos comerciais foi contemporânea com uma aceleração dos fluxos de investimento estrangeiro que, de 5% do PIB mundial em 1985, aumentou para cerca de 15% no final da década de 90. Ambas foram substancialmente motivadas pela entrada nos circuitos financeiros e do comércio internacional das economias da China, da Índia e do antigo bloco Soviético em que a dotação e a remuneração de factores produtivos é muito diferente da existente nas regiões económicas mais desenvolvidos (Europa, Japão e EUA).

É esta intensificação de fluxos comerciais e financeiros que vulgarmente se designa por globalização.

De acordo com a teoria económica, a intensificação dos fluxos económicos e financeiros tende a promover uma mais eficiente afectação de recursos com uma maior exploração das vantagens comparativas das diversas regiões envolvidas e com o consequente aumento do bem estar das populações. Contudo, a capacidade para capturar os benefícios decorrentes de um maior volume de trocas depende da capacidade de adaptação das economias às novas condições, ou seja da qualidade da sua resposta aos sinais dados pela alteração de preços relativos tanto nos mercados de bens e serviços como nos de factores de produção. Se os mercados não forem flexíveis, as economias terão maiores dificuldades de adaptação e poderão, designadamente, atravessar uma longa fase de desemprego e crise social.

Deste modo, a globalização pode ser vista, alternativamente, como uma oportunidade de maior crescimento ou como uma ameaça à estabilidade económica e social.

A intensificação do comércio, tal como a dos fluxos financeiros, não teve uma distribuição uniforme em todo o mundo. Efectivamente, nos últimos dez anos, enquanto o volume de comércio mundial em bens e serviços aumentou, em média anual, cerca de 6.9%, a área do euro ficou aquém daquele valor, com um aumento anual do comércio de 5.9%. Em Portugal a média de crescimento anual em volume foi de 5.6%. Admite-se hoje que a Europa tem um amplo espaço de progresso a realizar na adaptação das suas instituições de modo a poder aproveitar mais cabalmente as possibilidades originadas pela globalização. Este é, aliás, um objectivo que se enquadra perfeitamente na estratégia de Lisboa, a que se procura, actualmente, imprimir uma nova dinâmica.
Em Portugal a aceleração dos fluxos comerciais tem sido acompanhada, nos últimos anos, por alguma perda de quotas de mercado (Gráfico 2.2.5). Estas devem-se quer ao facto de o sector exportador ter uma elevada componente de mercados cuja procura cresce menos do que a média (vejam-se as conclusões expostas no último relatório anual do Banco de Portugal), quer à perda de competitividade em sectores específicos, em que a nossa vantagem comparativa parece sofrer uma clara erosão, como o indicia a evolução dos custos unitários de trabalho. À consideração destes factos deveremos ainda adicionar as limitações estruturais à competitividade decorrentes de uma deficiente qualificação da população trabalhadora e de uma elevada intensidade energética da economia.


Gráfico 2.2.6. Crescimento do Comércio Externo e da Economia no Mundo
(Taxas de crescimento real)

in http://www.dgo.pt/oe/2006/Aprovado/Relatorio/Rel-2006.pdf (página 45)