domingo, 14 de março de 2010

Carta aberta ao Prof. Sandro Mendonça


Caro Prof. Sandro,
Possívelmente será a última vez que lhe escrevo, dando notícias desta nossa epopeia a que chamamos " Cluster do Mar Português", que não deverá ser confundida com outros estudos ou figuras de estilo frequentemente apontados, este será no seu final, um trabalho de autor.
Aproveitando o "Lado Lunar" e a maré de feição, já iniciamos a viagem de regresso a terra firme de Portugal, após muitas muitas milhas náuticas percorridas desde a partida(recorda-se da imagem ínicial do Padrão dos Descobrimentos?). Acabamos de dobrar o cabo da Boa Esperança em bonança, aproveitando a boa disposição do rezilento Adamastor, que por estes dias já anda eufórico com a preparação do primeiro Mundial de Futebol realizado em África, e logo na África do Sul. È claro que não existem " almoços grátis", e foi necessário oferecer ao Adamastor para ajudar à sua boa disposição, como acto diplomático, uma garrafa de " Colares" - "Diplomacia Económica ou Corrupção ?".
Há 400 Anos na época dos descobrimentos, foi decretado por carta régia de D. Manoel, que " a bordo das Naus não falte vinho de Colares". Para quem não saiba, a marca Colares "Ramisco" é" Patenteada", e a " Ciência e Inovação" utilizada no seu cultivo, permitiu que fosse o único vinho que resistiu à praga da Filoxera no Séc.XIX, que destruiu os vinhedos do Douro e da Europa(não existiam hà época outras regiões demarcadas em Portugal, nem os vinhos do novo mundo). Já existem pequenos sinais de escorbuto a bordo, para os quais iremos utilizar o " Genérico" do Zovirax, produzido através da investigação e ciência Marinha, conforme referido na apresentação doPaulo(espero que tenham estado com atenção.....).
Importante de referir, que a garrafa oferecida ao rezilento Adamastor foi adquirida a um preço justo, sem recurso ao "Dumping" e respeitando a liberalização das "Normas Internacionais de Comércio). A bordo desta vez transportamos apenas conhecimento como sempre desde há 500 anos(acho sempre piada quando se fala nas estratégias de Liboa e XX-XX, que agora é que iremos apostar no Capital Humano e sociedade do conhecimento....). O pouco ouro amealhado nas trocas diplomáticas com outras nações e culturas, teve que infelizmente ser aplicado nas propinas no final de Fevereiro.
Vou passar o leme ao Paulo Borges agora que já pressentimos a aproximação do Bojador no horizonte, e os ventos alisios nos empurram através de uma agradável brisa ligeira. Foi um enorme prazer partilhar convosco a sapiência dos vossos estudos no " Workshop de Sábado". Talvez no final de Março apareça por Belém para tentar avistar o " Cluster doMar " a navegar à entrada do Bugio com as velas desfraldadas com a cruz de Cristo, simbolo da nossa velhinha economia periférica, Global, e Universal, para a entrega final do " Diário de Bordo ".

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