domingo, 7 de março de 2010

Será o Cluster do Mar Português uma Inovação com 500 Anos?


A História marítima da Europa, lançou as bases para o papel de liderança do continente europeu no comércio e na indústria ao longo dos últimos Séculos. Os países Europeus já eram verdadeiros agentes globais muito antes do conceito de Globalização ter sido criado. A economia Global segundo (Michalet, 2001), corresponde à terceira fase da mundialização, pelo concurso de três vectores ou dimensões: as trocas internacionais de bens e serviços, os fluxos de investimento directo estrangeiro, e a circulação de capitais.


 


 


 


 


 

Podemos afirmar que Portugal foi pioneiro na exploração regular do comércio Global através da via marítima entre continentes, fruto da sua capacidade de inovação tecnológica e conhecimentos científicos avançados, assim como devido a uma elevada capacidade cultural de integração e penetração em outras economias/culturas. A Caravela de 1500 era um Cluster do Mar! O comércio Global e a competitividade já existiam!

O princípio do Século XXI acrescentou à Globalização, em grande parte devido às mudanças tecnológicas e à sociedade de informação em que hoje nos encontramos, uma verdadeira reconfiguração Geo Estratégica planetária, com o surgimento de novos actores internacionais do poder económico e político a moverem-se, produzindo transformações nas várias esferas da economia, da organização do território e da sociedade, resultantes desta nova reconfiguração Geoestratégica à escala mundial.


 

Fonte: Mapa Mundo - Museu da Marinha



 

A alteração do actual padrão de modernização competitiva que se coloca á Economia Portuguesa enquanto País de desenvolvimento intermédio, exige a passagem da modernização da economia nacional para o padrão de modernização da globalização competitiva, o que implica a definição de uma estratégia baseada no conhecimento e inovação, em torno das suas " capacidades dinâmicas " idiossincráticas (Nick von Tunzelmann).


 


 


 


 


 


 

O conceito teórico de Cluster segundo Michael Porter, pressupõe para o objectivo da criação do Cluster do Mar em Portugal e a sua integração no Cluster Marítimo Europeu, a aposta na promoção de formas inovadoras de aproveitamento sustentável dos recursos dos mares e oceanos, contribuindo para o desenvolvimento da economia do Mar e das indústrias marítimas, apostando nas ciências e tecnologias do mar, criando emprego, fomentando o ensino, a educação, o turismo e desporto associados ao mar, potenciando sinergias através da implementação de um planeamento e ordenamento espacial das actividades, através da criação de uma atitude colectiva e alinhada de todos os sectores estratégicos, públicos e privados, valorizando o Mar como um grande activo estratégico nacional.


 

O segundo objectivo da criação do Cluster do Mar Português, é a sua integração no Cluster Marítimo Europeu, que representa a futura forma competitiva de converter a tradicional actividade marítima na EU, numa nova cultura através da inovação, conhecimento, e sinergias entre sectores e Países, de forma a tornar a economia do mar mais competitiva a nível Global.



 

Fonte da imagem: Estudo do Prof. Hernani Lopes sobre o Hypercluster do mar em Portugal


 

Estima-se que o seu valor económico em termos das suas actividades directas, represente cerca de 4 a 5% do PIB e Emprego nacionais e, com um total, englobando efeitos directos e indirectos, de cerca de 10 a 12% do PIB e Emprego nacionais. A nível da UE-27, estima-se que entre 3% e 5% do PIB da Europa é gerada por indústrias navais e de serviços - sem entrar em linha de conta com o valor de matérias-primas como o petróleo, peixe ou gás.


 

1 comentário:

  1. Faltaram publicar as imagens. Este irá ser substituido por outro com os conteudos na integra.

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