quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Corrupção: China

Pequim impõe nova ética contra corrupção oficial

O Partido Comunista Chinês (PCC) definiu um conjunto de 52 "práticas inaceitáveis" num esforço para combater os fenómenos de corrupção generalizada verificados no país e que, em 2009, levaram a perto de 106 mil acusações entre elementos do partido e do Governo.
...
No passado, a justiça chinesa aplicou a pena de morte a alguns condenados em casos de corrupção. Importantes dirigentes do PCC foram já condenados a penas pesadas; caso de Chen Liangyu, dirigente do partido em Xangai, condenado a 18 anos de prisão em 2008 por fraude financeira. Outro importante dirigente caído em desgraça foi, em 1998, Chen Xitong, presidente da Câmara de Pequim e membro da cúpula do PCC, condenado a 16 anos de prisão por corrupção e abuso de poder. Em ambos os casos, apesar da veracidade dos factos, o afastamento destas figuras, na interpretação dos analistas, não seria de dissociar dos conflitos internos no PCC. Mais recentemente, em Janeiro, o vice-presidente do Supremo Tribunal, Huang Songyou, foi expulso do PCC e condenado a pena perpétua por ter recebido em subornos o equivalente a 370 mil euros em moeda chinesa.
...
O fenómeno da corrupção não tem cessado de aumentar em paralelo com a liberalização económica e o desenvolvimento da China. A dimensão do fenómeno pode ser avaliado por números oficiais citados no diário China Daily, de Pequim: cerca de 36 mil milhões de euros foram retirados do país entre 1978 e 2003 por cerca de quatro mil elementos do partido e do Governo envolvidos em acções ilegais. Estes números são, forçosamente, só uma fracção dos valores em causa.


no DN

Sem comentários:

Enviar um comentário